O Campeonato Nacional acaba de começar e o Saviola com toda a desfaçatez diz que há muito Campeonato para recuperar! Claro que há. E também há muito mais campeonato para se perder mais pontos.
O Ruben Amorim declara que quer ser campeão. Claro que quer! Querem todos os benfiquistas.
Havia um filósofo que dizia que a estupidez é incomensuravelmente mais fascinante que a inteligência, porque enquanto esta tem os seus limites aquela não os tem. Não é o resultado de ontem que me preocupa. O que me preocupa é a estupidez instalada no meu clube.
Quando o Jorge Jesus no ano passado se desdobrou em entrevistas tolas, dizendo que queria vencer a Liga dos Campeões, imprudentemente a dispensar jogadores à “paulada” na praça pública e a desvalorizar activos, não alvitrei grandes resultados para a época que se avizinhava. Este ano passa-se exactamente a mesma coisa. O mesmo presidente (LFV), o mesmo director desportivo (RC) e o mesmo treinador (JJ) e a mesma estupidez.
Jorge Jesus na passada semana numa entrevista ao Sol afirmava que quando chegou ao Benfica tinha dificuldades de comunicação e em expressar-se à comunicação social e para colmatar essa lacuna fez um curso de comunicação de Verão, pelos vistos foi pior a «ementa que o corneto». Não sei quem lhe ministrou tal formação, não sei se JJ foi um bom formando ou não. O que sei, e a ver pelo seu comportamento é que o resultado dessa formação ficou muito aquém e além de produzir algum resultado positivo.
Um bom exemplo do que acabo de dizer foi a declaração do treinador do Benfica sobre o campeão europeu e mundial espanhol Capdevila. Dizia JJ que não ligava aos nomes nem ao passado dos jogadores, que para ele, Capdevila era igual aos outros.
Quem estiver habituado a liderar pessoas e quem tem inteligência emocional jamais comete um erro destes. Não há nada mais desigual que tratar pessoas diferentes de igual modo.
O resultado de ontem reflecte a ausência de argucia e inteligência dos homens que gerem o meu clube.
É pena! Porque os benfiquistas mereciam muito mais e melhor, principalmente aqueles que seguem e vibram pelo Glorioso nessa diáspora espalhada pelos cinco cantos do mundo.