A última conferência de imprensa do selecionador nacional
foi lastimável. A postura arrogante adotada durante a conferência, a forma como
respondeu a jornalistas estrangeiros, e a réplica que deu às críticas
(legítimas) de ex-companheiros, nomeadamente, Rui Costa e Figo, foi um
espetáculo lastimável que enaltece a medíocre de Paulo Bento.
Falta-lhe quase tudo. Capacidade de liderança, clareza no
discurso, resistência à crítica, e capacidade de comunicação.
A seleção Nacional tem ótimos jogadores (ainda que alguns tenham
ficado de fora), e é uma pena que talentos como Cristiano Ronaldo e Nani estejam
sob o comando desta personagem absolutamente anedótica. Estes jogadores estão a
ser vítimas da incompetência e impreparação deste selecionador.
Hoje vai ser um dia decisivo para a continuidade de Portugal
no torneio. Todavia, logo à tarde quando o jogo começar serei um apoiante incondicional
da seleção portuguesa, sobretudo por causa dos jogadores.
Alguns comentadores e certa comunicação social indigna-se com
as críticas dirigidas à Seleção Nacional, como se esta estivesse acima da crítica.
Outros, por ignorância ou veneração, confundem a Seleção Nacional com Portugal,
o que na minha opinião é um erro grosseiro que revela enorme imprecisão e
mistura de conceitos e sentimentos de pertença.
Sou um orgulhoso português e sempre defendi os meus compatriotas
em Portugal e por toda a diáspora, mas não me identifico em nada com os responsáveis
desta seleção.
Independente do resultado, uma coisa será certa: amanhã será
outro dia e o sol radioso que ilumina Portugal voltará a sorrir aos portugueses,
porque Portugal tem oitocentos anos de História e é a essa pertença que eu me
identifico totalmente.
Não há outro pecado além da estupidez
Óscar Wilde