Faleceu um símbolo nacional e uma lenda do futebol mundial,
aclamado por todos e reconhecido pela FIFA com um dos melhores dez jogadores da
História do futebol mundial.
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Eusébio - Pantera Negra - The King |
Não tive a felicidade de o ver jogar ao vivo, visualizei as
imagens disponíveis que infelizmente não são muitas e os inúmeros relatos de colegas,
admiradores, adversários e algumas das maiores glórias do futebol mundial contemporâneos
de Eusébio: Pelé, Di Stefano, Johan Cruyff, Ferenc Puskás, Lev Yashin, Bobby Charlton,
Franz Beckenbaue, entre tantos outros.
O génio do Pantera Negra e a dimensão planetária são evidentes
pelo destaque que a imprensa mundial (sem exceção) deu ao seu desaparecimento,
um ícone do desporto Rei.
Eusébio fez carreira numa época em que Portugal era um país
cinzento, isolado, governado sob uma ditadura e fechado ao mundo, é extraordinário
como rompeu fronteiras e tornou-se uma das maiores referências de Portugal em
todo o Mundo dando alegria e sorriso aos pobres, esperança aos desafortunados e
seduziu milhões com a sua singularidade dentro do campo perpassando gerações e gerações.
Mas Eusébio foi mais do que um genial futebolista, foi um
exemplo a seguir, porque fez do desporto um ponto de encontro cultivando
amizades onde quer que fosse e um veículo de união de pessoas.
Eusébio era uma força da natureza: força física, velocidade,
inteligência, instinto felino, remate demolidor, vontade ilimitada de vencer;
Eusébio tinha a ingenuidade e a inocência de um menino,
quase pedia desculpa pelos golos que marcava, consolava os seus adversários e a
sua simplicidade e carácter contagiaram o mundo inteiro que chorou e glorificou
um grande da Humanidade.
Até na morte, Eusébio foi catalisador de união. Nunca
assisti a tanto consenso nacional como o tributo que lhe foi prestado com toda
a justiça.