segunda-feira, 13 de maio de 2013

O jogo do título e Liga Europa?

O jogo de sábado à noite (11/05/2013) entre o F.C. Porto e Benfica no Dragão não foi um grande espetáculo, mas foi dos mais emocionantes dos últimos anos do futebol português. E percebe-se porquê: o F.C. Porto teria forçosamente de vencer esta partida para poder ser campeão dependendo de si próprio, relativamente ao Benfica, a vitória resolveria definitivamente a questão do título. O empate levaria a decisão final para a última jornada: onde os Dragões vão jogar a Paços (com a pré-eliminatória da Champions garantida) e o Benfica recebe o Moreirense que precisa desesperadamente de um ponto para ficar no escalão maior do futebol português.
Ora, facilmente se percebe que a derrota do Benfica foi como entregar o título de bandeja ao F.C. Porto, embora o Benfica ainda tenha cerca de 30% de hipóteses de vencer o campeonato se: vencer o Moreirense em casa e o F.C. Porto não vencer na Mata Real o sensacional Paços de Ferreira.
Não vou falar das opções do jogo do Dragão, porque o meu coração vermelho impede a assertividade e objetividade desta crónica. Por outro lado, se o Benfica não perde o jogo no Dragão e de forma tão dramática, seguramente que todos os jornais e a blogosfera capitularia em calorosos elogios ao Benfica, à sua estrutura, equipa técnica e jogadores.
O motivo desta crónica é outro: é como deve reagir o líder do Benfica Luís Filipe Vieira num momento tão delicado como este? Em que o fantasma do Peseiro no Sporting assola a nação benfiquista, em que o limite da glória e do fracasso é tão ténue que se desfaz num simples sopro sem aviso prévio!
Nestas últimas quatro épocas critiquei de forma veemente as opções e gestão dos recursos do treinador Jorge Jesus, esta, terá sido porventura a época em que menos o critiquei. O Benfica não tem um plantel suficientemente equilibrado para disputar todas as provas, mormente a Liga portuguesa e uma competição europeia.
A estrutura do Benfica encabeçada pelo seu presidente, voltou a cometer os mesmos erros de épocas anteriores, começaram a dar entrevistas demasiado cedo, reservou-se as faixas cedo demais e Vieira protelou a situação contratual de Jesus apesar das afirmações inócuas que “Jorge Jesus é o meu treinador…".
Na quarta-feira o Benfica pode vencer uma competição europeia, e isso é fazer História num clube.
Este é um momento de afirmação (ou não) da liderança de Vieira. O presidente devia viajar com todo o staff para disputar a final em Amsterdão com a renovação do Jorge Jesus resolvida. Seria um ato de liderança e uma mensagem muito forte para todo o grupo trabalho, e um sinal inequívoco de confiança; porque as palavras “Jesus é o meu treinador…” são tão válidas agora, como a dispensa dos seus serviços após o jogo contra o Chelsea.
 

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