domingo, 23 de outubro de 2011

Facada no Governo

O Orçamento de Estado apresentado pelo Governo durante esta semana levantou celeuma e brado nos vários órgãos da comunicação social.
É normal que as pessoas visadas com os cortes na despesa do Estado e consequentemente com a perda de rendimento se sintam indignadas. Sabemos também, que nestas situações é muito fácil para o Parido Comunista juntamente com as centrais sindicais massificar essa indignação na rua.
Mas não há alternativas para a situação em que Portugal se encontra.
Quisera eu que as houvesse mas não as há. Quem disser o contrário está a ser demagogo.
Por isso, não há muito tempo escrevi que o Governo iria sofrer a pressão da rua e teria de ser forte para não ceder e levar a cabo as medidas que o país precisa.
Essa pressão já se está a fazer sentir com vigor, até o Presidente da República saiu a terreiro para as criticar
Ora, as declarações de Cavaco Silva foram uma tremenda facada nas costas do Governo. Mesmo assim, Pedro Passos Coelho deve preconizar estas medidas e sacudir a sociedade portuguesa da alcova do Estado.
Quando Portugal chegou ao limite de não ter dinheiro para pensões nem salários dos funcionários públicos, Cavaco Silva permaneceu calado.
Quando o Ministro da Administração Interna violou a Lei e deixou de fazer os descontos dos funcionários do seu ministério, Cavaco Silva permaneceu Calado.
Quando os anteriores governantes vociferavam com desfaçatez que a crise não chegaria a Portugal, Cavaco Silva permaneceu calado.
Quando tivemos de pedir ajuda externa a trouxe-mouxe e em condições humilhantes para Portugal, Cavaco Silva permaneceu calado.
O Governo está a tomar as medidas certas.
O Governo está a dar os sinais correctos, embora não nos agrade algumas delas.
Alguns comentadores e sindicalistas falam em alternativas mas não apresentam nenhuma verosímil. A verdade é que muito daqueles que vagueiam na ilusão e na quimera não querem alterar coisa nenhuma, querem manter o status quo.
Como estamos não vamos a lado nenhum.
Cidadãos do meu país: unam-se num esforço colectivo em prol dos nossos filhos e das gerações vindouras.
O mundo mudou, não é mais o mesmo das décadas de 60, 70, 80 e 90.
Vamos ter que gastar menos nos próximos anos e quem não aceitar este facto vai ter muitas dificuldades em se adaptar a uma nova realidade.

Potius eligendum est id quod possibile, quam quod impossibile [Aristóteles] – É melhor escolher o possível do que o impossível.

1 comentário:

  1. Brother uma solução simples era dizer aos senhores da Troika que a divida ia ser paga sim senhora mas não em 2 anos mas sim em 10.
    Se há coisa que a Europa não quer é perder um país pois seria o fim do Euro daí o perdoo da divida Grega em metade.
    Concordo com algumas medidas mas não tão drásticas, pois neste momento em Portugal vamos secar secar secar e produzir nada. E estamos em morte anunciada. Pagar sim mas com calma como fazem grande parte das familias portuguesas que negoceiam as dividas para pagar com a Banca e Estado.
    Era esse o caminho a seguir e não este...

    Grande Abraço Brother

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