domingo, 9 de outubro de 2011

Eleições na Madeira 2011

Quem conhece a Madeira não pode deixar de reconhecer que foi feita ali obra. Pessoalmente a Madeira fascina-me, é uma ilha encantadora e tenho bons amigos lá. Mas também não deixa de ser verdade que há muitas assimetrias sociais na ilha que o Governo vai encapotando aqui e acolá.
As últimas sondagens mostram claramente que Alberto João Jardim vai continuar à frente dos destinos da Madeira ao fim de 33 anos de Governo Regional.
Como explicar esta larga maioria quando ainda recentemente Alberto João Jardim publicamente declarou ter omitido deliberadamente as contas da Madeira ao Governo do continente, violando assim uma Lei da República Portuguesa?
Por um lado conseguiu durante todos estes anos canalizar largas sangrias de dinheiros públicos do continente para a ilha num clima político quezilento e mostrando muito pouco respeito pelos concidadãos do continente: cultivou rancores, insultos e incomodou até ao limite os governantes continentais. Muitos madeirenses enaltecem o comportamento do seu líder julgando que este defende os seus interesses.
Alberto João Jardim politicamente usa a estratégia usada por Salazar: como temos um país dependente do Estado; desde o grande empresário, ao funcionário público, pequenas e médias empresas que prestam serviços ao Estado, Jardim consegue distribuir benesses e mantendo-as dependentes do “seu” poder.
Ora, os tempos são de mudança e de novas políticas.
Os madeirenses estão a cometer um enorme erro com a reeleição de Alberto João Jardim.
A Madeira precisa urgentemente de um líder capaz de dialogar com o continente, de um líder que também se solidarize com o continente na busca de soluções para os problemas de Portugal “inteiro”.
Os políticos do continente estão fartos de Jardim, até Pedro Passos Coelho lhe retirou a confiança política não o apoiando nestas eleições: fez muito bem.

A lasso rixa quaeritur – O homem esgotado procura rixa.

1 comentário:

  1. Eu se fosse Madeirense também votava no Alberto João, e mais não digo...

    Miguel Castro

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